A
ideia do ministério da Saúde é antecipar tratamento com antirretroviral
para aproveitar nível mais alto de defesa do organismo, reduzindo
contaminação e garantindo qualidade de vida do paciente
Por recomendação do
Ministério da Saúde, o Amazonas deverá antecipar o tratamento
antirretroviral em pacientes com o HIV, vírus da Aids. O Estado é um dos
que vem registrando redução do número de casos, principalmente no
último ano. De 2011 para 2012 houve uma redução de 16 % dos casos
comparando os seis primeiros meses deste ano com o mesmo período do ano
passado. Os dados são da Fundação de Medicina Tropical (FMT): foram 275
casos no primeiro semestre de 2012 contra 327 em igual período de 2011.
A medida do Ministério
da Saúde também passou a valer para os outros 25 Estados brasileiros e o
Distrito Federal. Essa mudança, segundo o órgão ministerial, pode
reduzir a ocorrência de infecções associadas à Aids e a minimizar a
transmissão do HIV.
Apesar da redução, em
outros Estados, como a Bahia - que notificou 800 novos casos no primeiro
semestre de 2012, segundo a Secretaria Estadual de Saúde - os dados
ainda são alarmantes no País.
A nova medida do
Ministério da Saúde integra o novo Consenso Terapêutico da doença. O
tratamento retarda a progressão da imunodeficiência e restaura a
imunidade do paciente com o HIV.
Para o infectologista da
Fundação de Medicina Tropical, Noaldo Lucena, a nova recomendação do MS
que passará a ser seguida no Amazonas vai reforçar a prevenção de novos
casos de Aids na região. “A possibilidade de transmissão da doença será
bem menor”, afirmou Lucena.
Mais cedo
O especialista explica
que a mudança significa que o tratamento antirretroviral será para todas
as pessoas com contagem de linfócitos CD4 (células de defesa do
organismo que indicam o funcionamento do sistema imunológico) menor ou
igual a 500 células/mm3. Antes, o início do tratamento era destinado
para contagem menor ou igual que 350 células/mm3.
“Ao começar o tratamento
com níveis de defesa do organismo mais alto, podemos conseguir que o
paciente infectado com o vírus do HIV não manifeste os sintomas da
doença”, explicou.
Noaldo Lucena completa,
ainda, que “zerar” a carga viral dos pacientes será importante para
redução dos riscos de contaminação. “É importante pra melhorar a
qualidade de vida desse paciente”.
Também como medida de
prevenção, as novas recomendações do Ministério da Saúde vão incluir a
possibilidade de antecipação do início do tratamento para evitar a
transmissão entre parceiros sexuais fixos sorodiscordantes: relação em
que um é soropositivo e o outro, não.
“Também vale ressaltar
que o uso do preservativo continua sendo um dos principais meios para
prevenir a contaminação pelo vírus HIV”, ressaltou Noaldo Lucena.
ARTIGO: JORNAL A CRITICA DE MANAUS
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